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O ex-general paraguaio Lino Oviedo se comprometeu a comparecer espontaneamente na tarde desta quarta-feira, dia 17, ao Departamento de Estrangeiros (DEEST) do Ministério da Justiça, em Brasília. Ele deverá explicar as denúncias de sua participação na série de manifestações ocorridas segunda-feira em Ciudad del Este e outras cidades paraguaias, que deixaram um saldo de dois mortos e cem feridos e obrigaram o governo a decretar estado de excessão no país.
Oviedo, 57 anos, deverá prestar depoimento ao diretor do DEEST, Luiz Paulo Barreto. Nesta terça-feira, o primo e assessor do ex-general, Dráulio Rasera, disse que Oviedo nega ter coordenado os protestos, que pediam a renúncia do presidente paraguaio, Luis González Macchi. Segundo Rasera, o ex-general "jamais teria incitado manifestações políticas", descartando assim, as denúncias do governo Macchi. Uma rádio paraguaia afirmou, porém, ter gravações de Oviedo instruindo por telefone os organizadores do protesto. Caso for comprovado seu envolvimento nos protestos de segunda-feira, Oviedo poderá ser extraditado.
De acordo com informações do DEEST, a situação de Oviedo no país está irregular, pois o pedido de visto para pesquisador da Universidade de Cuiabá ainda não foi decidido. Oviedo tem residência fixa em Foz do Iguaçu (Paraná), mas tem planos de retornar ao Paraguai e disputar as eleições presidenciais de 2003.O ex-general foi condenado pela justiça paraguaia a uma sentença de 10 anos de prisão, sob acusação de ter liderado a tentativa de golpe, em 1996, contra o então presidente, Juan Carlos Wasmosy.
Apesar de o país continuar em estado de excessão, alguns manifestantes voltaram a entrar em choque com a polícia nesta terça-feira, principalmente em cidades do interior do país. Cerca de 250 pessoas foram detidas entre segunda e terça-feira.
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