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Com um discurso cada vez mais moderado durante sua viagem para acalmar Wall Street em relação a uma vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do PT, José Dirceu, disse nesa quarta-feira, dia 17, que um eventual governo de seu partido terá necessariamente empresários em sua composição.
– Nós temos um governo (atual) que não tem um empresário. Qual o empresário que está no governo brasileiro? Tem empresário participando do Conselho Monetário Nacional? – questionou ontem Dirceu, em Nova York.
Mais adiante, o petista chegou a citar o general Ernesto Geisel (1908-1996), penúltimo presidente do regime militar, como exemplo de governo que privilegiou o crescimento.
– Se você olhar o que foi Juscelino, Getúlio e mesmo o Geisel, você vai encontrar resposta para isso – disse.
Seria por este motivo, segundo o presidente do PT, que o partido havia fechado com o empresário e senador José Alencar (PL-MG) como candidato a vice-presidente na chapa.
Dirceu culpou ainda o candidato governista, senador José Serra (PSDB-SP), pelo crescimento do risco-país do Brasil.
– Ter dito que o Brasil vai se transformar numa Argentina foi um erro gravíssimo de Serra e nós estamos pagando por isso com estes 1,5 mil pontos de taxa de risco – disse.
Nesta quarta-feira, o presidente do PT encontrou-se com o diretor-administrativo do Morgan Stanley, Stephen Cunninghan, o presidente da Alcoa, Alan Belda, e o vice-presidente do Lehman Brothers, Paulo Vieira da Cunha.Sobre as conversas, disse que procurou desfazer os mal-entendidos com seus interlocutores.
– Pedir para o PT manter o Armínio Fraga ou aprovar o Banco Central independente é pedir o impossível. Mas já fizemos um compromisso público com responsabilidade fiscal e controle de inflação – disse.
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