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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central previu, na última reunião, realizada nos dias 16 e 17 de julho, que a meta de inflação do governo deverá ser ultrapassada neste ano, segundo a ata da reunião, divulgada nesta quarta-feira, 24 de julho. A meta prevê inflação máxima de 5,5%. A decisão de reduzir a taxa básica de juros da economia – a Selic – em 0,5 ponto percentual, para 18% ao ano seria para focar no baixo nível de atividade econômica.
A redução de juros ocorrida em julho foi a primeira desde março deste ano. Além disso, desde janeiro de 2001 não havia um recuo de 0,5 ponto. A meta de inflação adotada pelo governo é de 3,5% no ano, com possibilidade de variação de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo. O Copom já espera que a inflação segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique acima de 5,5% em 2002. A expectativa agora é de alta de preços de 5,8%. Essa perspectiva de estouro da meta reflete a estimativa de que os preços administrados vão subir 8,9% no ano, acima do anteriormente estimado. Os preços da gasolina também terão recuado 2% neste ano, e não 4,5% como esperado na reunião anterior. A alta gás de cozinha em 2002, segundo o Copom, passará de 28% para 42%. Já a alta dos preços da eletricidade ficarão um pouco abaixo do previsto, em 19,2%.
Ao divulgar a redução da Selic, o Copom justificou a decisão afirmando que confia na recuperação macroeconômica da economia. Também lembrou que a previsão de inflação para 2003 está bem abaixo da meta.
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