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O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) adentrou a madrugada de quinta-feira, dia 25, debatendo o bombardeio de Israel contra a cidade de Gaza, que provocou a morte de 15 palestinos. O governo israelense prometeu investigar a ação. Numa aparente tentativa de aliviar as críticas pelo ataque, o chanceler Shimon Peres anunciou a liberação de US$ 43 milhões à Autoridade Palestina.
O dinheiro havia sido pago como imposto de renda por palestinos que trabalham em Israel, e deveria ser devolvido, segundo os acordos internacionais.
– Estamos fazendo todos os esforços para aliviar a escalada (da violência) – disse Peres à Rádio do Exército. – Sei que é uma escalada séria e realmente tenho medo de que gente inocente dos dois lados pague um preço alto.
O Hamas promete matar centenas de israelenses para vingar o bombardeio desta semana, cujo alvo era o líder militante Salah Shehada, que foi morto com sua família. O populoso bairro onde ele vivia recebeu uma tonelada de bombas. Entre os mortos há nove crianças. A violência continua, e na manhã de quinta-feira atiradores palestinos mataram um motorista israelense perto de um assentamento judaico na Cisjordânia.
Na ONU, todos os países criticaram Israel pelo ataque a Gaza. Os árabes propuseram uma resolução condenando a ação e pedindo a retirada das cidades palestinas. Os Estados Unidos, que criticaram o bombardeio, ameaçam vetar essa resolução. A embaixada norte-americana em Tel Aviv disse que levou a sério as ameaças de vingança do Hamas e pediu a seus cidadãos que reforcem sua segurança pessoal.
Mesmo entre os israelenses houve reações indignadas à matança de Gaza, o que levou o Exército a anunciar um inquérito. Mas Haim Ramon, presidente da comissão parlamentar de Assuntos Exteriores e Defesa, disse que pode ter havido um erro militar, mas que a responsabilidade final é do governo civil. Yossi Sarid, líder do partido de centro-esquerda Meretz (oposição), afirmou que no passado as autoridades já haviam vetado ações como essa para evitar vítimas civis.
O ataque a Gaza aconteceu um dia depois de o líder espiritual do Hamas, xeque Ahmed Yassin, afirmar que estava disposto a suspender os atentados suicidas se Israel se retirasse de sete cidades da Cisjordânia. Após o ataque, Yassin mudou de idéia, e na quarta-feira disse à Reuters que "haverá mais cem novos Salah Shehadas'' e que "novas operações (do Hamas) trarão a morte de centenas de israelenses''.
Peres disse que de nada teria servido uma negociação para a entrega de Shehada, o que evitaria o ataque. Ele disse que o Hamas é parcialmente controlado da Síria, e que seus líderes em Damasco são muito radicais. Pelo menos 1.467 palestinos e 559 israelenses já morreram desde o início da atual intifada (rebelião), em setembro de 2000. As informações são da agência Reuters.
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