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 | 26/07/2002 11h54min

Para Gros, tabelamento do gás é uma medida legitima

Presidente da Petrobras diz que ação não contraria regras do mercado

O presidente da Petrobras, Francisco Gros, disse nesta sexta-feira, dia 26, que não acredita que o governo pretende alterar o regime de preços dos combustíveis e está apenas preocupado em proteger a população de baixa renda dos aumentos do gás de cozinha.

Em entrevista ao programa Bom Dia Brasil, da Rede Globo, Gros disse que a iniciativa do governo de buscar alternativas para reduzir o impacto dos reajustes do gás de cozinha sobre os mais pobres é legítima e não contraria as regras de mercado.

– O que se está falando aqui é especificamente de proteger a população de baixa renda, até onde estou informado aí que pára o grau de intervenção do governo – disse ele.

– Não creio que isso deva ser interpretado como uma mudança do regime de preços que aí sim traria consequências graves para o país, para a empresa e para todos os seus acionistas – argumentou.

O governo acenou com a possibilidade de fixar preços máximos para o gás de cozinha, o que levantou as suspeitas de uma volta do regime de tabelamento ou controle de preços dos combustíveis cujo mercado foi liberado desde o início do ano com a abertura do setor de petróleo. A alta do gás de cozinha tem sido um dos vilões da inflação e pesa mais sobre as famílias mais pobres.

Segundo Gros, antes da liberação do mercado de combustíveis, existia um subsídio direto para todo o consumo de gás. Este ano, ele foi substituído por um vale gás, no valor de R$ 7,5, para cada consumidor de baixa renda por mês.

Gros disse que a decisão de ter ou não um mercado totalmente livre cabe ao governo e não à Petrobras.

 
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