| 30/07/2002 10h45min
A cotação do dólar comercial continua a esclada e a moeda norte-americana é negociada a R$ 3,248 na compra e R$ 3,268 na venda por volta das 10h30min. Segundo informações da Globo News, o valor representa alta de 2,76% ante o fechamento de ontem, quando a divisa encerrou os negócios vendida a R$ 3,185, o sexto recorde consecutivo desde a implatação do Real, em 1994.
O risco-país brasileiro, medido pelo banco JP Morgan, também começou a manhã nas alturas e encontou na Nigéria, que hoje ocupa o terceiro lugar no ranking dos países com maior risco. Às 10h, o risco Brasil atingia 2.329 pontos-base, com alta de 7,62% (nesta segunda, o índice fechou em 2.164 pontos, alta de 8,7%, com temores de um calote brasileiro). No mesmo horário, o risco-país nigeriano era de 2.358 pontos-base.
Nesta terça, o mercado tem baixo volume de negócios, a exemplo do que ocorreu ontem, quando o volume ficou 50% abaixo do normal. A situação elevaria a cotação do moeda norte-americana, em razão da grande procura por dólares, sem oferta suficiente. Ontem, só compraram as organizações que tinham dívidas a vencer hoje. Por isso, houve poucos negócios. Há expressivos vencimentos previstos para a próxima semana . As linhas de crédito internacionais também se fecharam, devido ao temor de um calote. As empresas privadas com débitos em dólar que vencem em breve não conseguem rolá-los – a estimativa é de que apenas 20% dessas dívidas estão sendo refinanciadas. Por isso, procuram comprar dólares, aumentando a cotação.
A turbulência no mercado financeiro motivou a ida de uma missão brasileira a Washington, para manter tratativas com o Fundo Monetário Internacional. A missão será chefiada pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Amaury Bier, e seguirá nos entendimentos iniciados pelo presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga, há duas semanas. O FMI aplaudiu a decisão brasileira e manifestou-se pronto a iniciar “discussões produtivas”. O possível acordo envolveria a prorrogação do empréstimo atual de US$ 15,58 bilhões aprovado em setembro de 2001 e um aumento de recursos.
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