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A coligação O Rio Grande em 1º Lugar (PPS/PFL/PT do B/PSL), do candidato ao governo do Estado Antônio Britto promoveu um seminário sobre segurança pública nesta terça-feira, dia 30, em Novo Hamburgo. A atual política de segurança pública do governo do Estado tornou-se alvo de muitas críticas e algumas sugestões para uma platéia formada especialmente por delegados e líderes de associações de bairros.
Um dos focos do encontro realizado na Associação Comercial e Industrial (ACI) – que teve participação do candidato a vice-governador Germano Bonow (PFL), e do candidato a senador José Fogaça (PPS) – foi a controvertida integração entre as polícias Civil e Militar no Rio Grande do Sul. Na opinião do presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil, Jair Cesário da Silva, de São Paulo, a medida seria possível só na etapa de formação dos policiais para desempenhar as atividades e no sistema de comunicações.
– Enquanto for possível manter o modelo de segurança pública, jurídico e penal, devemos extrair dele o máximo. Se não houver um consenso entre os operadores de segurança pública, aí sim iremos buscar alternativas. Mas achamos algo temeroso mexer agora na Constituição Federal – pondera.
O presidente da Associação dos Oficiais Militares Estaduais do Brasil, Sigfrido Maus, de Santa Catarina, enfatiza a perda de auto-estima entre os PMs como conseqüência das diferenças salariais com policiais civis e das próprias tentativas de integração entre as polícias.
– As propostas de integração costumam conduzir à desmilitarização dos policiais militares. Nos sentimos filhos rejeitamos das autoridades. Tanto que a auto-estima está baixa – avalia.
Os presidentes da Associação dos Oficiais da BM do Estado, coronel Cairo Bueno de Camargo, e da Associação dos Delegados de Polícia do Estado, José Antônio Leão de Medeiros, apresentaram estatísticas para explicar esse sentimento de desvalia. Segundo eles, o Estado tem hoje o menor efetivo na Brigada Militar desde 1990, com 23,4 mil PMs, e uma defasagem de 40% na Polícia Civil.
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