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 | 30/07/2002 18h39min

Cúpula do PDT tenta reverter renúncia de Fortunati

Candidato vai consultar líderes partidários para definir posição

A cúpula do PDT manteve a intenção de tentar reverter o pedido de renúncia  do candidato do partido ao governo do Estado, José Fortunati. A decisão sobre a permancência de sua candidatura será definida com a visita ao Estado do presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, no próximos dias.

Durante entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, dia 30 de julho, o ainda candidato explicou que já havia decidido renunciar mas que, diante das insistências dos membros regionais do partido, entre eles o presidente PDT gaúcho, deputado Vieira da Cunha, decidiu esperar mais um pouco.

Apesar de dar claras indicações de que pretende realmente renunciar, o vereador disse que ainda vai discurtir a decisão com os líderes patidários. Fortunati alegou que dificuldades financeiras na sua campanha contribuíram para a desistência. Segundo ele, a situação de sua campanha é "calamitosa". Depois de 24 dias da abertura oficial do processo eleitoral, a  campanha não ainda conta com nenhum tipo de material.  

– É impossível realizar uma campanha sem que exista material para que possamos nos relacionar com o eleitor – reclamou.

A bipolaridade entre as candidatura de Tarso Genro (PT) e Antônio Britto (PPS), que lideram as pesquisas de intenção de voto, também foi outro fator que contribuiu para sua decisão. Segundo ele, as duas candidaturas têm um poder econômico muito forte, com grande campanha pelo Estado.

Os boatos à respeito de sua desistência, que começaram a ganhar força dentro do partido, também foi outro motivo que, segundo ele, afetou sua intenção de concorrer ao governo do Estado.

O presidente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre nunca conseguiu superar a marca dos 3% nas pesquisas de intenção de voto. O lançamento de seu nome ao Piratini já foi cheio de problemas, uma vez que o PTB (partido que integra a Frente Trabalhista) estava dividido entre apoiar sua candidatura ou a do ex-governador Antônio Britto (PSS). Alguns líderes petebista alegavam que Fortunati não tinha densidade eleitoral e eram favoráveis à coligação com PPS, do presidenciável Ciro Gomes (apoiado nacionalmente pelo PTB e PDT). O que pesou na decisão do PTB de ficar ao lado do Fortunati foi a pressão do Leonel Brizola, inimigo político de Britto.

Mais informações sobre candidatos, partidos, pesquisas, regras e números eleitorais no especial Eleições 2002.

 
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