| 31/07/2002 10h24min
A primeira hora de negociação no mercado interbancário nesta quarta-feira, 31 de julho, registra alta do dólar. Por volta das 10h, a moeda norte-americana era cotada a R$ 3,325 na compra e R$ 3,335 na venda, com alta de 1,06% ante o fechamento de ontem, segundo informações da Globo News.
Nesta terça, o dólar comercial fechou cotado a R$ 3,295 para compra e R$ 3,300 para venda, sétimo recorde consecutivo desde a implantação do Plano Real, em 1994. O valor corresponde a uma alta de 3,61% em relação ao fechamento do dia anterior. O risco-país atingiu o recorde de 2.390 pontos, alta de 10,44%.
Pouco antes do fim dos negócios nesta terça, o Banco Central (BC) anunciou que vai manter em agosto a política de intervenções diárias no câmbio cumprida em julho. O montante por dia continua sendo de US$ 50 milhões, quantia considerada pequena pelo mercado para melhorar a falta de dólares à venda. Para todo o mês, o BC reservou R$ 1,875 bilhão, mas diferente do que fez em julho, os dólares serão vendidos no mercado à vista. Do total, US$ 735 milhões serão usados na rolagem de linhas externas que vencem em agosto.
O aumento na cotação do dólar não está trazendo benefícios para os exportadores, segundo José Augusto de Castro, diretor da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Conforme Castro, a alta da moeda norte-americana acima de R$ 3 “não responde a padrão técnico nenhum, é irreal” e, portanto, não está sendo levada em conta pelos exportadores. O diretor explicou que os exportadores estão fechando contratos com cotação definida em R$ 2,50 ou R$ 2,60, pois não há como saber qual será o valor da moeda no futuro. Além disso, prossegue, os importadores estão solicitando descontos, na expectativa de dividir um pouco os ganhos de receita proporcionados pela alta do dólar.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.