A Autoridade Nacional Palestina (ANP) endossou nesta quarta-feira, 7 de agosto, uma oferta de Israel para se retirar de Gaza, na Faixa de Gaza, e de Belém, na Cisjordânia. A decisão seria o primeiro passo para um possível recuo das tropas israelenses que ocupam cidades palestinas na Cisjordânia. Apesar do endosso, vários membros do gabinete palestino manifestaram ceticismo quanto à intenção israelense de implementar o plano.

Nesta quarta, autoridades palestinas anunciaram que planejam realizar reuniões técnicas, em Jerusalém, para discutir como o chamado plano "Gaza Primeiro" funcionaria. Caso o plano seja posto em prática, esta seria a primeira vez, em meses, que Israel e a ANP aceitam cooperar na área da segurança.

O ministro da Defesa de Israel, Benjamin Ben-Eliezer, fez a oferta em um encontro, nesta semana, com o ministro do Interior da Autoridade Palestina, Abdel Razeq Yehiyeh. Ben-Eliezer apresentou a proposta como um "projeto piloto" que começaria em Gaza, onde o aparato da segurança palestina permanece praticamente intacto. O plano prevê a retirada israelense em troca do compromisso palestino de manter a ordem e evitar ataques terroristas.

Na noite desta terça, cerca de 30 tanques das Forças de Defesa de Israel fizeram uma incursão na Faixa de Gaza, que só terminou nesta madrugada. Segundo as Forças de Defesa de Israel, os tanques entraram na localidade de Beit Lahiya e no campo de refugiados de Jebalya, onde os soldados realizaram buscas e detiveram palestinos suspeitos de terrorismo. Um porta-voz militar classificou a operação de "rotina".

As informações são da Agência Brasil.