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Emboscada palestina mata casal de colonos na Cisjordânia

Governo israelense reforça as restrições de circulação de palestinos

Um atirador palestino matou um casal de colonos judeus em uma emboscada na segunda-feira, dia 5, elevando a 13 o número de pessoas mortas em um intervalo de 24 horas no Oriente Médio. Em represália, o governo israelense reforçou as restrições de circulação de palestinos na Cisjordânia. Durante a caça aos supostos autores do ataque, de madrugada, as forças israelenses mataram dois palestinos na aldeia de Burqa (Cisjordânia). Um deles era um militante procurado.

A emboscada contra o casal ocorreu na estrada que dá acesso a Ramallah. Dois filhos das vítimas, de três anos e seis meses, ficaram feridos. Uma mamadeira foi deixada no asfalto, no local do atentado. As Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, ligada à facção Fatah, do líder Yasser Arafat, assumiram a autoria do ataque. No domingo, dia 4, 11 pessoas haviam morrido numa explosão suicida no norte de Israel e em um tiroteio em Jerusalém. O Exército anunciou restrições de movimento em torno das cidades de Jenin, Nablus, Tulkarm, Qalqilya e Ramallah, exceto em emergências médicas e humanitárias. Rafah também foi isolada do resto da Cisjordânia.

Por causa dos incidentes do fim de semana, Israel suspendeu as reuniões desta semana com as autoridades palestinas, para discutir questões de segurança e algumas concessões aos palestinos. Em Nova York, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, criticou os militantes palestinos por recorrer "ao terror indiscriminado'', e o governo israelense por represálias "igualmente devastadoras em seus efeitos contra as pessoas comuns''.

– É preciso dizer, mais uma vez, que esses ataques contra civis são imorais e ilegais, e também politicamente contraproducentes? – disse Annan em um comunicado.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, condenou os atentados de domingo, dizendo que "há alguns poucos assassinos que querem parar o processo de paz que começamos''. O Hamas assumiu a autoria do atentado no ônibus, que matou três soldados, duas imigrantes filipinas e quatro civis israelenses. Uma parte dos passageiros era de militares de licença, ou então de religiosos judeus em peregrinação à tumba de um sábio.

Horas depois, um atirador palestino abriu fogo contra clientes israelenses em um mercado da parte árabe de Jerusalém, matando uma pessoa. Em poucos instantes começou um tiroteio, que resultou na morte do atirador e de outro palestino que estava no local. As Brigadas dos Mártires de Al Aqsa assumiram o atentado. As informações são da agência Reuters.

 
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