Um importante membro da Autoridade Palestina anunciou na quinta-feira, dia 15, uma grande reforma na área financeira da entidade para ajudar a atender as exigências impostas pelos Estados Unidos como condição para a retomada do processo de paz com Israel. O ministro palestino das Finanças, Salam Fayyad, anunciou a criação de uma holding (controladora) para consolidar os fundos e bens da Autoridade Palestina, uma medida de combate à corrupção que pode ajudar a satisfazer o governo norte-americano, o principal mediador do conflito.

Os EUA descartaram a criação de um Estado palestino enquanto os palestinos não acabarem com a corrupção, não escolherem líderes "desvinculados do terror'' e não controlarem os ativistas islâmicos. Após uma nova série de encontros, Israel afirmou recentemente que repassaria aos palestinos uma fatia maior das receitas fiscais congeladas desde setembro de 2000, início do levante palestino contra a ocupação israelense.

As promessas dos dois lados apontam para alguma vontade de intensificar um diálogo retomado há pouco, isso apesar de a violência continuar a ser uma arma de palestinos e israelenses. O Exército de Israel, que ocupou várias cidades da Cisjordânia depois de ataques suicidas, prendeu na última noite 18 palestinos acusados de serem ativistas islâmicos. Fayyad, um ex-membro do Banco Mundial nomeado ministro das Finanças em uma reforma de gabinete ordenada em junho em meio à pressão internacional, afirmou que a nova sociedade controladora garantiria a transparência das contas palestinas. As informações são da agência Reuters.