| 16/08/2002 09h12min
Israel destruiu na sexta-feira, dia 16, as casas das famílias de dois militantes palestinos acusados de participar da morte de 17 israelenses, repetindo um tipo de ação amplamente condenada por grupos de defesa dos direitos humanos. Em um comunicado, o Exército disse que explodiu a casa de Iyad Sawalha, na aldeia de R'ai, perto de Tulkarm (Cisjordânia), por causa da participação dele no planejamento de um atentado que matou 17 pessoas em um ônibus em Megiddo, no norte de Israel, em junho.
Moradores de R'ai disseram que 12 pessoas ficaram desabrigadas por causa da destruição do sobrado, ocorrida durante a noite. Sawalha está escondido em outro lugar, segundo o Exército. As tropas também puseram abaixo a casa de Morad Mohammed Abu Asal, em Anabta, outra aldeia perto de Tulkarm. Segundo o Exército, Asal praticou em janeiro um atentado suicida em Taibe, uma localidade árabe no norte de Israel, que feriu dois agentes de segurança.
Desde o mês passado, Israel já destruiu as casas de pelo menos 23 militantes como retaliação pelos atentados. As organizações de defesa dos direitos humanos e os palestinos afirmam que essa é uma punição coletiva, que contraria o direito internacional. Na quinta-feira, dia 15, os palestinos disseram que um menino de cinco anos foi morto nos arredores do campo de refugiados de Khan Younis, na Faixa de Gaza, pelo disparo de um tanque israelense.
Além disso, dois homens teriam ficado feridos quando tentavam socorrer o menino, que ficou estirado em frente de sua casa, num bairro bastante populoso. Uma fonte do serviço de segurança palestino disse que o tanque disparou "sem motivo''. O Exército de Israel afirma que o tanque estava respondendo a disparos de atiradores.
O ministro palestino das Finanças, Salam Fayyad, anunciou a criação de uma empresa que centralizará todos os bens e fundos da Autoridade Palestina. Isso é parte das reformas prometidas pelo líder Yasser Arafat para contentar os Estados Unidos, que exigem a escolha de um governo palestino que não seja corrupto nem apóie atentados. Arafat também já convocou eleições para o começo do ano que vem, mas diz que será difícil fazer reformas efetivas enquanto os tanques israelenses ocuparem suas cidades. As informações são da agência Reuters.
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