O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, disse a Washington nesta semana que o adiamento de um possível ataque contra o Iraque daria ao presidente Saddam Hussein tempo para apressar seu programa de armas não-convencionais. A mensagem de Sharon foi transmitida um dia depois que a principal assessora de segurança do presidente norte-americano George W. Bush declarou que os EUA não tinham escolha a não ser tomar medidas contra Saddam. Segundo ela, porém, Bush ainda não havia se decidido sobre o assunto.

– Adiar a ação para mais tarde apenas possibilitará (ao presidente iraquiano) Saddam acelar seu programa de armas e então ele representará um risco maior – disse o assessor de Sharon, Ra'anan Gissin.

O ministro das Relações Exteriores israelense, Shimon Peres, também apoiou em entrevista à rede CNN na sexta-feira, dia 16, uma ataque ao Iraque o quanto antes, afirmando que apesar de a operação ser "bastante perigosa...adiá-la só fará dela um perigo maior''. Porta-vozes de Sharon e Peres salientaram, contudo, que a mensagem de Israel, baseada em informações da inteligência do país, não tinha o objetivo de ser um conselho a Washington e que a decisão dos EUA seria respeitada pelos israelenses.

Israel teme que o Iraque vá responder a ações militares dos EUA em parte disparando mísseis contra o país – o principal aliado norte-americano no Oriente Médio e que luta contra uma revolta palestina que tem apoio iraquiano. As informações são da agência Reuters.