Diplomatas e analistas acreditam que se os Estados Unidos decidirem atacar o Iraque, é provável que o façam partindo de sua base militar situada no meio do deserto do minúsculo Estado de Catar, no Golfo Pérsico.

Diante da recusa da Arábia Saudita, sua aliada-chave na região do Golfo, de atuar como plataforma de lançamento para possíveis ataques contra Bagdá, Washington vem despejando dinheiro e trabalho na expansão de sua base aérea de Al Udeid, de S$ 1,4 bilhão. Fontes do governo dizem que a base estará totalmente pronta em dezembro.

O Catar se opõe publicamente a qualquer ataque ao Iraque, mas diplomatas estrangeiros no Golfo dizem que Doha, vista amplamente como governo de tendências independentes no meio de uma região conservadora, tem muito a ganhar se ajudar os norte-americanos.

O comandante do comando central dos EUA, Tommy Franks, já disse que a base está sendo desenvolvido para momentos de crise. Os EUA possuem várias bases militares no Golfo Pérsico, principalmente no Bahrein, Kuweit e Arábia Saudita. Só esse último país abriga cerca de 5 mil soldados norte-americanos.

Durante a Guerra do Golfo, em 1991, a base aérea de Prince Sultan, na Arábia Saudita, serviu como centro de operações das tropas norte-americanas que participaram da coalizão multinacional que libertou o Kuweit da ocupação iraquiana.

Como outros países árabes, o Catar se posicionou contra um possível ataque militar americano contra o Iraque. Mas diplomatas disseram que a base de Al Udeid, equipada com instalações de comando e ligações via satélite capazes de controlar milhares de ataques aéreos diariamente, oferece a Washington uma alternativa à base de Prince Sultan.

As informações são da agência Reuters.