| 21/09/2006 16h03min
O capitão Fernando Meligeni surpreendeu há duas semanas com a convocação de Gustavo Kuerten para um grupo de “cinco titulares”, discurso que ele próprio manteve até esta semana, nos treinos em Belo Horizonte. Nesta quinta-feira, porém, precisou definir os quatro que efetivamente entrarão em quadra e mais uma vez o nome de Guga apareceu na lista.
Meligeni definiu a presença do ex-número um do mundo e deixou de fora o gaúcho Marcos Daniel, que brigava com ele pela última vaga (já estavam garantidos Flávio Saretta, Ricardo Mello e André Sá). A opção, segundo “Fininho”, como é conhecido o capitão, foi tática e tomada após o próprio Guga mostrar nos treinos que estava apto para participar.
– A escolha do Guga foi um risco calculado. Apenas selecionei os melhores, aqueles que podem ajudar o Brasil a conseguir uma vitória e que estavam prontos. É um confronto duríssimo, eles têm ótimos jogadores, mas espero que esta minha decisão tenha sido a correta – destacou Meligeni, na entrevista concedida em restaurante em Belo Horizonte, logo após os sorteio dos jogos.
Com a confirmação, Guga volta a fazer parte do grupo após ausência de sete meses. Ele havia entrado em quadra pela última vez na Copa Davis em fevereiro, também ao lado de Sá, em vitória sobre dupla peruana. Logo após, foi derrotado na estréia do Aberto do Brasil e deixou as quadras para se recuperar fisicamente. No início de setembro, convocou a imprensa para dizer que estava pronto e recebeu, dias depois, a notícia de que havia sido selecionado por Meligeni.
Mesmo em melhor forma, Guga ainda não volta às partidas de simples. Ele está convocado, a princípio, apenas para as duplas. Se terá chance de jogar pelo menos no domingo, a decisão vai ser tomada após muita conversa.
– Se tivermos que mudar, se algo acontecer com os outros jogadores, vou decidir isso na hora. Isso não passa pela cabeça agora, ele está aqui para as duplas – concluiu Meligeni.
Em condição diferente do passado, em que “carregava” a equipe tantos em simples como em duplas, Guga entra neste final de semana ciente de que é “mais um”. Feliz por estar de volta às competições, ele nem sabe bem o que esperar, mas assim como os outros integrantes, garante dar força máxima para ver o país novamente na elite do tênis mundial.
– Também nem sei em que nível estou para competições. Foi uma surpresa conseguir estar aqui e uma surpresa a evolução nos treinos. Cada desafio encaro de forma diferente, um por vez. Estou com esse objetivo agora, mas com a confiança cada vez melhor. E que isso possa valer mais do que a falta de ritmo – garantiu o tenista, hoje apenas o 1.121 do mundo em simples, com apenas cinco pontos no ranking.
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