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O ministro israelense do Interior, Eli Yishai, anunciou na quinta-feira, dia 22, sua intenção de revogar o direito de residência de quatro árabes de Jerusalém Oriental que estão presos sob a acusação de cometer atentados, entre eles um contra uma universidade, que matou nove pessoas. O serviço secreto Shin Bet prendeu os quatro árabes e um palestino de Ramallah na semana passada, quando eles preparavam outro atentado, segundo as autoridades. Eles são supostamente ligados ao grupo Hamas.
O ministro Eli Yishai disse que os quatro moradores de Jerusalém abusaram do direito de liberdade e trabalho, que desfrutavam como moradores permanentes em Israel.
– Não é preciso esperar pelo julgamento, porque as provas são claras e baseadas em informações sobre sua atividade terrorista – disse Yishai à Rádio Israel.
Segundo as autoridades israelenses, a célula do Hamas em Jerusalém Oriental já matou 35 pessoas em atentados. Um dos mais violentos foi o de 31 de julho, na lanchonete da Universidade Hebraica, muito freqüentada por estudantes estrangeiros. Os investigadores dizem que Muhammad Odeh, 29, aproveitou a autorização que tinha para entrar no campus universitário, na condição de pintor de paredes, para colocar a bomba. Sem levantar suspeitas do seu patrão israelense, ele chegou a ser convocado para as obras de reconstrução.
O grupo também é suspeito de ter escolhido os alvos e levado os militantes suicidas até o Café Moment, onde 11 pessoas morreram, e a um salão de bilhar em Rishon Letzion, centro de Israel, onde houve 16 mortos. Durante a madrugada de quinta-feira, o Exército prendeu mais um militante do Hamas, Rajah Hawas, na cidade de Qalqilya. Outro militante palestino foi detido em Jenin, e outros dois em Batir, perto de Belém.
Altos funcionários palestinos se encontram na quinta-feira, em Paris, com representantes do "quarteto'' formado por Estados Unidos, Rússia, União Européia e Nações Unidas, para dar detalhes sobre o avanço das reformas na Autoridade Palestina, uma pré-condição para a retomada do processo de paz. No mês passado, já houve dois encontros na Cisjordânia para discutir o financiamento dessas reformas.
Na quarta-feira, autoridades palestinas e israelenses se reuniram novamente para discutir detalhes da implantação do acordo do fim-de-semana, pelo qual Israel se compromete a desocupar a cidade de Belém e parte da Faixa de Gaza em troca do restabelecimento da tranqüilidade. Os palestinos divulgaram um comunicado acusando o outro lado de lentidão na implantação do acordo e de violá-lo invadindo um campo de refugiados na Faixa de Gaza, o que resultou na morte de um homem. As informações são da agência Reuters.
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