Eleito para o Senado, o ex-presidente Fernando Collor (PRTB) disse nesta segunda-feira que pode apoiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno. Ele admitiu que poderá pedir votos para o petista, mas sem subir em palanques ao lado do presidente.

O ex-presidente tem argumentos contra os que pretendem questionar o novo mandato de Lula, com um pedido de impeachment, se o petista vencer a batalha com o tucano Geraldo Alckmin, no segundo turno:

– O caminho natural (para esse questionamento) é a Justiça. O Congresso não tem exatamente autoridade moral para julgar um presidente eleito com 55 milhões de votos – disse Collor.

Depois de passar quase toda a madrugada percorrendo os bairros de Maceió para agradecer a eleição, o ex-presidente disse que ainda estava sob os efeitos da comemoração, e que vive o melhor momento da sua vida. Collor prevê que cientistas políticos e especialistas em marketing deverão fazer tratados sobre sua meteórica campanha e a vitória em cerca de 20 dias.

– Na minha análise, fundamentalmente o que houve foi um desejo dos alagoanos de dar uma resposta às humilhações e sofrimentos que passei. Tomaram para si as minhas dores, principalmente depois dos últimos acontecimentos (escândalos do governo Lula) – afirma.

AGÊNCIA O GLOBO