| 04/10/2006 13h35min
Na abertura da reunião com os governadores aliados eleitos no primeiro turno, no Palácio da Alvorada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que seus adversários estão buscando debater temas como ética e corrupção porque não têm argumentos nas áreas social, econômica e de desenvolvimento. Na reunião, Lula deixou claro que participará do primeiro debate no segundo turno, no próximo domingo, na TV Bandeirantes.
– Queremos discutir profundamente ética e corrupção. Eu acho que o povo brasileiro merecia discussão melhor, mas se quiserem enveredar por aí, vamos discutir isso, e colocar na mesa as coisas que precisam ser colocadas. Uma campanha em que as pessoas não têm argumentos para debater sobre política econômica, política social e desenvolvimento, quem não tem argumento, porque os estudos comparativos são mortais em relação aos oito anos deles, obviamente, vai procurar outra coisa qualquer para fazer disputa política –, disse Lula. O presidente afirmou que, no segundo turno, irá às ruas para tentar convencer a população de que é o melhor candidato. – Vamos vencer porque o povo tem que escolher o melhor candidato. O povo vai escolher em função do que consegue enxergar, ver, e das coisas que conquistou –, disse Lula. O presidente acrescentou que quem o conhece sabe que sempre procurou fazer uma campanha o mais limpa possível. – Nunca me aproveitei de subterfúgio para ofender alguém, mas não é assim que acontece na política –, disse. Hoje, o boletim de campanha do presidente Lula fez um apelo dramático à militância e aos apoiadores do petista. Os coordenadores explicam que a campanha será muito curta e extremamente polarizada. Dizem que Lula é o favorito, passou ao segundo turno com maioria dos votos e é fortíssimo o apoio entre as camadas populares, que constituem a maioria do eleitorado. Mais uma vez, os coordenadores de Lula, responsáveis pelo "Boletim Antivírus", deixam claro que o alvo a atacar, agora, são os escândalos do governo Fernando Henrique Cardoso. Reafirmam que é imenso o repúdio ao que significou o governo FH e ao que significaria um governo Alckmin, "inclusive entre o eleitorado que não votou em nós no primeiro turno". Mas alertam que é preciso imensa mobilização para vencer essa batalha: "Eleição não se ganha de véspera. A oposição conservadora fará de tudo para nos derrotar. E conta com o apoio de grande parte da mídia, que seguirá fazendo campanha sistemática contra nosso governo e nossa candidatura. Por isso, nossa vitória precisará ser garantida através da mobilização e da polarização política. Esta é a orientação da coordenação nacional da campanha Lula". AGÊNCIA O GLOBOGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.