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Israel invade campo de Jenin e reafirma acordos de segurança

As tropas israelenses invadiram na segunda-feira, dia 26, o campo de refugiados de Jenin e revistaram todas as casas em busca de militantes palestinos, segundo testemunhas, enquanto o ministro israelense da Defesa insistia que um recente acordo para manter a segurança contínua em vigor. Esse acordo prevê a retirada das tropas israelenses da Faixa de Gaza e da cidade de Belém, desde que a Autoridade Palestina se comprometa a manter a segurança.

O plano é visto como um teste para uma retirada mais ampla e uma trégua palestina, mas por enquanto não há uma decisão sobre os próximos passos a ser tomados. Segundo testemunhas, houve tiroteio quando os blindados e tropas israelenses entraram no campo, ainda de madrugada, mas a resistência acabou quando os soldados começaram a revistar as casas em busca de militantes do Hamas e da Jihad Islâmica.

Em abril, o mesmo campo de refugiados foi o cenário das batalhas mais sangrentas em 23 meses de rebelião palestina. Desde então, o Exército já entrou no campo de refugiados várias vezes. A atual ação começou no fim de semana, por causa de insistentes informações sobre a preparação de um atentado suicida, segundo os israelenses.

Israel já cumpriu parte do acordo da desocupação, mas ainda não autorizou, como prometera, a livre circulação dos palestinos pela Faixa de Gaza. As autoridades israelenses negaram que a cidade de Hebron, onde 400 judeus vivem entre 150 mil palestinos, seja a próxima a ser desocupada. As autoridades palestinas disseram que a retirada de Hebron estava sendo discutida no fim de semana, mas as negociações fracassaram e, na prática, Israel congelou a execução do acordo.

O ministro israelense da Defesa, Binyamin Ben-Eliezer, nega que o plano tenha fracassado, mas acusa a Autoridade Palestina de não ter agido com empenho para cumprir sua parte.

– (O acordo) não está morto. Está vivo. Como vocês esperam uma mudança completa na situação em dois dias, após um conflito que já dura (quase) dois anos? Espero esforços deles. Nós executamos todas as medidas prometidas para aliviar a situação – afirmou ele à Rádio do Exército.

Um grave problema do acordo, disse o ministro, é que até agora os palestinos não conseguiram convencer o Hamas e a Jihad Islâmica a colaborar.

– Estamos no começo da estrada. Neste processo, damos um passo depois do outro – afirmou.

Os grupos militantes ignoraram os apelos do governo palestino e prometeram manter os atentados contra Israel.

– Deixei claro a todos que esse acordo é apenas o primeiro passo rumo ao fim da ocupação e do cerco israelense contra nossas cidades – afirmou o ministro palestino do Interior, Abdel Razzak Al Yahya.

No sábado, dia 24, em Tulkarm (Cisjordânia), militantes do movimento Fatah, ligado à Autoridade Palestina, executaram a palestina Ikhlas Yassin, 35 anos e três filhos, sob acusação de colaborar com Israel, segundo autoridades locais. Foi a primeira mulher morta sob tal acusação. As informações são da agência Reuters.

 
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