O Exército de Israel afirmou na terça-feira, dia 27, que diminuiria as restrições impostas a Belém a fim de permitir a entrada de alguns palestinos em Israel depois da instalação de um ambiente "de relativa calma'' na cidade da Cisjordânia. Os EUA pediram a palestinos e israelenses uma renovação de seus esforços a fim de reiniciarem o plano de segurança Gaza-Belém, considerado um balão de ensaio para a adoção de uma trégua mais ampla depois de 23 meses de levante palestino contra a ocupação israelense.

Obedecendo ao plano, acertado na semana passada, Israel encerrou as operações militares em Belém na semana passada, mas, em um sinal da fragilidade do acordo, manteve seus soldados na periferia da cidade enquanto a polícia palestina voltava às ruas para garantir a calma. Os palestinos pediram que o plano fosse implementado em Gaza e esperam que a decisão de colocar fim aos toques de recolher e aos bloqueios seja estendida para outras cidades da Cisjordânia, para a qual Israel enviou suas forças depois de ataques suicidas realizados por palestinos.

Mais de 150 mil palestinos vivem em Belém e nas cidades vizinhas de Beit Jala e Beit Sahour. Alguns deles atravessam plantações de oliveiras nos montes próximos para fugir dos postos de controle israelenses e chegar ao Estado judaico, onde podem encontrar trabalho. No principal posto de controle da ligação entre Belém e Jerusalém, carros e caminhões aguardavam em fila na terça-feira enquanto soldados vasculhavam os veículos. Segundo testemunhas, as filas pareciam maiores do que o normal. As informações são da agência Reuters.