As forças israelenses atacaram pontos da costa da Faixa de Gaza na quarta-feira, dia 28. Membros das forças armadas do Estado judaico disseram que uma operação por ar, terra e mar nas proximidades da cidade de Gaza, a maior na área desde o início do levante palestino contra a ocupação israelense há 23 meses, foi iniciada devido à descoberta de um suposto contrabando de armas.

Horas depois da operação, o ministro de Defesa de Israel, Binyamin Ben-Eliezer, cancelou um encontro sobre segurança marcado para quarta-feira e do qual deveria participar o ministro palestino do Interior, Abdel-Razzek Al Yahya. Ben-Eliezer citou como justificativa para o cancelamento um ataque com morteiro ocorrido durante a noite contra um assentamento judaico de Gaza.

Apesar disso, as forças de segurança palestinas começaram a voltar a alguns de seus postos da Faixa de Gaza, dos quais haviam sido expulsas pelas forças israelenses. Segundo os membros da área de defesa, a recolocação de agentes palestinos nas proximidades de assentamentos judaicos, postos de controle israelenses e áreas de fronteira acontecia de forma coordenada com o Exército de Israel e era parte do chamado "plano Gaza-Belém'', considerado um balão de ensaio para um cessar-fogo mais amplo.

O ataque na Faixa de Gaza aconteceu um dia depois de Israel ter dito que relaxaria as restrições impostas aos palestinos de Belém que desejassem entrar em Israel. Por enquanto, porém, pouco mudou na situação da cidade. Os Estados Unidos pediram que os dois lados continuassem com seus esforços para diminuir o nível de tensão na região. As informações são da agência Reuters.