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Unindo-se a um coro de líderes que exigem de Washington moderação em seus planos contra Bagdá, o presidente da França, Jacques Chirac, afirmou nesta quinta-feira, 29 de agosto, durante discurso a embaixadores franceses em Paris, que as ameaças americanas de atacar sem a permissão prévia da Organização das Nações Unidas (ONU) seria uma violação das regras do direito internacional.
– O ataque é contrário à idéia francesa de segurança coletiva, baseada na cooperação entre os Estados, no respeito à lei e na autoridade do Conselho de Segurança da ONU. Se Bagdá continuar a recusar a volta incondicional dos inspetores de armas da ONU, então é o Conselho de Segurança que deve decidir o que fazer – ressaltou o presidente.
O discurso de Chirac coloca a França na lista de nações que estão pressionando o presidente dos EUA, George W. Bush, a refrear seus planos de guerra. Funcionários do governo francês continuam a manifestar preocupação sobre o risco de Bagdá conseguir armas de destruição em massa e não descartaram a hipótese de que o Conselho de Segurança, do qual a França é membro permanente, concorde com o uso da força.
O ataque já teria, inclusive, data marcada, conforme confidenciaram funcionários das forças armadas americanas a seus colegas de Israel. A informação foi publicada nesta quinta pelo jornal israelense Maariv. De acordo com o jornal, citando dois generais americanos, o ataque será no fim de novembro e terá o objetivo de depor o presidente iraquiano, Saddam Hussein.
Antes de anunciar oficialmente qualquer decisão, no entanto, Bush deve pedir a aprovação do Congresso, informou nesta quinta o jornal The New York Times. Mas antes de apresentar a questão ao Congresso, Bush, que passa férias em Crawford, no Texas, precisa decidir, segundo um assessor do governo americano, se vai atacar o Iraque sozinho ou se vai buscar o respaldo da ONU.
O governo do Iraque, por sua vez, afirmou que não há chances de permitir que os inspetores de armas da ONU voltem ao país, em razão da administração "insana e criminosa" dos Estados Unidos, que estão determinados a atacar e derrubar o presidente iraquiano. A ONU exigiu que o Iraque permita a volta incondicional dos inspetores de armas, que deixaram o país em 1998. O Iraque, que nega as afirmações dos EUA de que estaria produzindo armas de destruição em massa, acusa os inspetores de espionagem.
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