| 27/08/2002 19h06min
Autoridades de Bagdá informaram que um aeroporto civil foi atingido por aviões norte-americanos que bombardearam nesta terça-feira, 27 de agosto, as zonas de exclusão aéreas no norte e no sul do Iraque.
Os militares norte-americanos alegaram que estavam se defendendo, uma vez que Iraque teria tentado várias vezes derrubar os aviões. Por este motivo, os jatos teriam bombardeado uma instalação de radares no norte e uma bateria antiaérea no sul.
A agência estatal iraquiana informa, no entanto, que os jatos bombardearam o aeroporto de Mosul, a 450 quilômetros ao norte de Bagdá, destruindo vidraças e o radar do aeroporto. Um porta-voz militar disse que alvos civis também foram atacados no sul, mas não deu detalhes.
Fontes militares norte-americanas disseram que os jatos ocidentais deixaram os locais dos bombardeios em segurança, e que os danos às instalações iraquianas estão sendo avaliados. O governo do Iraque também acusa os americanos de um ataque contra alvos civis no sul do país, na segunda-feira. E no domingo, Bagdá informou que oito pessoas morreram num outro bombardeio, na província de Basra, 550 quilômetros ao sul da capital.
Em uma semana, já são mais de dez bombardeios contra alvos iraquianos. Por causa das sanções da Organização das Nações Unidas (ONU), o Iraque não tem o controle aéreo do norte e do sul do seu território, para evitar ações contra as minorias curda e xiita. Aviões britânicos e norte-americanos patrulham a zona.
Centenas de incidentes como estes já aconteceram desde a Guerra do Golfo (1991), mas a freqüência deles aumentou com as especulações de que os Estados Unidos preparam uma ação militar para derrubar o regime de Saddam Hussein.
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