| 01/09/2002 15h06min
Já são 11 o número de palestinos mortos em confrontos com o Exército de Israel neste final de semana. A violência enfraquece ainda mais a já delicada perspectiva de retomada de negociações entre o governo israelense e palestinos.
Neste domingo, 1º de setembro, soldados israelenses mataram quatro palestinos nas proximidades de Hebron, na Cisjordânia, naquilo que os moradores locais classificaram como "matança de trabalhadores inocentes". Uma fonte militar, entretanto, informou que as vítimas estariam portando uma serra e cortadores de arama. Segundo a mesma fonte, o Exército tinha informações sobre um plano de grupo para se infiltrar em um assentamento judaíco na área e montou uma embosca.
Em outro incidente neste domingo, israelenses invadiram o campo de refugiados de Jenin, Cisjordânia, e mataram Abdel-Kareem al-Saadeh, de 16 anos, depois de serem alvejados por atiradores. Saadeh era filho de um líder local do grupo militante islâmico Jihad.
Na noite de sábado, um atirador da Frente Popular para Libertação da Palestina foi morto na assentamento judeu de Har Bracha, perto de Nablus, depois de ferir um casal.
Antes disso, em um ataque de helicóptero na vila de Tubas, um míssil destruiu um carro e matou um militante e dois meninos de 15 anos que estavam no veículo. Um segundo míssel atingiu uma casa, matando um menino de nove anos e uma menina de 10. Sete pesoas ficaram feridas.
O Exército israelense disse que o ataque em Tubas visou impedir atentados militantes iminentes e lamentou as mortes de inocentes. A ação reforçou o debate sobre as táticas militares usadas na política de autodefesa de Israel.
O ministro da Defesa israelense, Binyamin Ben-Eliezer, ordenou a abertura de inquérito para apurar os fatos. Já o ministro da Informação palestino, Yasser Abed Rabbo, disse que "todas as conversações com o lado israelense devem ser suspensas após estes massacres''.
O presidente de Israel, Moshe Katzav, um ex-representante do partido conservador Likud disse, durante uma visita a uma escola árabe-israelense, que era necessário que Exército investigasse as mortes.
– É preciso examinar a acusação de que o Exército está com o dedo no gatilho. Se esse for o caso, o Exército vai decidir o que fazer. Mas seria precipitado tirar conclusões agora.
Com informações da Agência Reuters.
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