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O presidente da França, Jacques Chirac, defendeu na segunda-feira, dia 2, a adoção de um imposto de solidariedade internacional para ajudar no combate à pobreza, afirmando na Rio+10 que as medidas de auxílio tomadas atualmente eram inadequadas. Chirac rejeitou claramente a Taxa Tobin, a recair sobre transações internacionais e defendida por ativistas antiglobalização, mas insistiu que um sistema de custeamento amplo deveria ser adotado para ajudar a diminuir a distância entre ricos e pobres e para financiar o crescimento sustentável.
– Procuremos novas formas de custeamento, como por exemplo uma taxa de solidariedade sobre as riquezas geradas pela globalização – disse Chirac, um dos líderes mundiais que participam da Cúpula para o Desenvolvimento Sustentável, realizada em Johanesburgo (África do Sul).
O encontro tenta elaborar um plano de ação para combater a pobreza sem, no entanto, provocar mais danos ao meio ambiente. Um assessor do presidente francês arrolou algumas áreas sobre as quais poderia inserir o imposto:
– Ela poderia ser uma taxa sobre passagens de avião, sobre o dióxido de carbono (gás carbônico), sobre produtos da área de saúde vendidos nos países industrializados e sobre transações financeiras internacionais.
Defendida por grupos não-governamentais como uma forma de levantar fundos e de limitar a especulação financeira, a Taxa Tobin atraiu bastante interesse, mas parece ter perdido popularidade recentemente. Autoridades européias destacaram alguns problemas apresentados pela taxa, proposta por James Tobin, vencedor do Prêmio Nobel nos anos 1970. Um desses seria a possibilidade de os mercados financeiros mudarem para os países que não a adotassem. As informações são da agência Reuters.
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