| 17/11/2006 15h41min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva jogou uma ducha de água fria nas pretensões do PT de disputar a presidência da Câmara para o biênio 2007/2008. Em reunião de cerca de três horas com os integrantes da Executiva do partido, na quinta-feira, o presidente não quis se alongar sobre o tema, dizendo que tratará no futuro com o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), cotado para o cargo, e com a bancada petista, mas deixou claro: trabalha, inclusive junto ao PMDB, para a reeleição do atual presidente, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).
Mesmo sendo integrante de um partido que não alcançou a cláusula de desempenho, o comunista Aldo Rebelo está se beneficiando de um conjunto de fatores que favorecem sua candidatura. Como o PMDB tem as maiores bancadas na Câmara e no Senado, a solução desenhada por Lula é apoiar a reeleição de Renan Calheiros para a presidência do Senado e tê-lo como aliado para manter Rebelo na Câmara. Essa operação, no entanto, exige um intrincado jogo político, do qual Lula quer ver o PT longe. – É preciso ter cuidado para não se cometer os erros do passado, quando lançamos dois candidatos – disse o presidente Lula, referindo-se às candidaturas dos petistas Luiz Eduardo Greenhalgh (SP) e Virgílio Guimarães (MG) à presidência da Câmara, que acabaram favorecendo Severino Cavalcanti (PP-PE). AGÊNCIA O GLOBOGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.