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 | 09/09/2002 13h45min

Iraque pode construir bomba atômica em poucos meses

Especialista garante que Saddam precisa apenas da matéria-prima

A tecnologia de que dispõe o Iraque permite ao governo de Saddam Hussein construir uma bomba nuclear em poucos meses. O único entrave é a obtenção do combustível necessário para o processo de fissão, garante o diretor do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, de Londres, John Chipman. A declaração foi divulgada nesta segunda, 9 de setembro.

Em entrevista à rádio BBC, Chipman afirmou que o regime de Saddam Hussein não tem condições de produzir o urânio ou plutônio enriquecidos, a matéria-prima das bombas. Mas se o combustível viesse de outro país, o Iraque teria condições de, dentro de um ano, lançar ogivas atômicas sobre Israel, Arábia Saudita, Kuwait, Turquia ou Irã.

– Eles sempre quiseram armar seus mísseis balísticos com uma bomba nuclear, então seria só uma questão de trabalhar na física durante alguns meses, talvez um ano, para conseguir casar a ogiva com um míssil balístico – afirmou.

A informação vem a público no momento em que os Estados Unidos aumentam o tom de suas ameaças ao Iraque. Na próxima quinta-feira, o presidente George W. Bush discursa na Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em busca de apoio para um eventual ataque.

De acordo com Chipman, apesar das inspeções da ONU, interrompidas em 1998, o Iraque conseguiu guardar um grande estoque de armas químicas e biológicas, fabricadas antes da Guerra do Golfo, de 1991. Saddam poderia recorrer às armas assim que se sentisse ameaçado. O pesquisador assegurou, ainda, que, em poucas semanas ou meses, as autoridades iraquianas têm condições de transformar instalações civis em indústrias de armas químicas ou biológicas.

Apesar de ser uma ameça real, os mísseis balísticos de Saddam Hussein apresentam defeitos que destróem grande parte dos agentes químicos e biológicos durante o impacto. Assim, segundo Chipman, as armas de destruição em massa do Iraque seriam importantes como arma terrorista, mas não seriam tão significativas militarmente em uma batalha.

As informações são da agência Reuters.

Damir Sagolj / Reuters

Homem circula entre os prédios da extinta Tuweitha, a usina nuclear iraquiana
Foto:  Damir Sagolj  /  Reuters


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