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 | 18/12/2006 17h10min

Rebelo descarta revisão do reajuste dos parlamentares

Presidente da Câmara concedeu entrevista em seu gabinete

O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), descartou a revisão do reajuste de 91% nos salários dos parlamentares. Rebelo concedeu entrevista coletiva hoje, em seu gabinete, para anunciar os cortes no orçamento de 2007 da Casa e as economias feitas em 2006 em que permitirão a equiparação dos subsídios dos parlamentares aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

– Os líderes não estão dispostos a uma nova reunião (sobre o aumento) – disse Rebelo.

Rebelo defendeu a decisão das Mesas Diretoras de Câmara e Senado, equiparando os salários de deputados e senadores aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), de acordo com o site G1. O presidente da Câmara disse que, se depender dele, o aumento de 91% está mantido.

– De minha parte, não (tem mudança). Defendo a aplicação do teto e o controle e a fiscalização de como cada um gasta usa sua verba indenizatória – afirmou.

Em entrevista coletiva, Rebelo disse que essas regalias continuam e enumerou uma série de cortes que serão feitos a partir de 2007 na Câmara para compensar o reajuste de 91% nos salários. Entre os cortes, o presidente da Câmara anunciou um projeto para acabar com os décimos quartos e quinto salários dos parlamentares.

Rebelo também garantiu que a Câmara votará nesta semana o projeto que acaba com cerca de mil cargos de comissão, o que, segundo ele, pode economizar R$ 36 milhões. A Casa pretende ainda economizar R$ 25 milhões com a revisão de compras de equipamentos e materiais imobiliários, R$ 36 milhões com o adiamento da reforma dos imóveis funcionais, R$ 18 milhões com o adiamento da construção de mais um anexo para gabinetes, além de R$ 36 milhões com passagens aéreas, diárias e outros serviços.

Com o reajuste, os salários dos parlamentares subiram de R$ 12.847,00 para R$ 24.500,00. Além disso, os deputados recebem mensalmente, R$ 50 mil de verbas de gabinete, R$ 15 mil de verba indenizatória, R$ 3 mil de auxilio-moradia, e R$ 4 mil para gastar com correios e telefones.

 
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