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Em uma decisão histórica que pode colocar por fim todas as ameaças de uma guerra liderada pelo Estados Unidos, o Iraque aceitou nesta segunda-feira, 16 de setembro, o retorno imediato e incondicional dos inspetores de armas da Organização das Nações Unidas (ONU) ao país. O ministro das Relações Exteriores iraquiano, Naji Sabri, entregou ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, uma carta com esta posição.
– Posso confirmar que recebi uma carta das autoridades iraquianas com a decisão de permitir o retorno dos inspetores sem impor condições – disse Annan a repórteres.
A atitude ocorre em meio a uma intensa pressão do presidente norte-americano George W. Bush e aos esforços da comunidade internacional para evitar um ataque contra o país de Saddam Hussein. Segundo a rede de televisão CNN, na carta o governo iraquiano diz aceitar a inspeção "imediatamente e sem condições".
Horas antes de a carta ser entregue, líderes árabes e europeus disseram ter enxergado sinais de flexibilidade por parte do governo do Iraque em relação aos inspetores - encarregados de apurar se o governo de Bagdá constrói ou pretende construir armas químicas, nucleares e biológicas.
Os inspetores deixaram o país árabe em 1998, antes de um bombardeio norte-americano e britânico, e desde então não tiveram permissão para voltarem. O governo dos EUA acusa o Iraque de produzir e desenvolver armas de destruição em massa, além de cooperar com grupos qualificados como terroristas. No último episódio de denúncias, Washington anunciou que Bagdá possui vínculos com a rede Al Qaeda, de Osama bin Laden, acusado de planejar os ataques de 11 de setembro.
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