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A Síria pediu à Organização das Nações Unidas (ONU) que contenha as ações militares de Israel contra os palestinos, afirmando que esse conflito merece o mesmo grau de atenção dado agora pelo órgão à questão do Iraque.
– O problema palestino é o assunto número um para o mundo e para a ONU e o Conselho de Segurança. Desde a fundação da ONU, nenhuma outra questão motivou tantas resoluções – disse o ministro sírio da Informação, Adnan Omran.
Segundo ele, o órgão deve "recuperar'' as resoluções destinadas a resolver o conflito árabe-israelense, já que o desrespeito a outras resoluções do Conselho tem sido usado como justificativa para um possível ataque norte-americano ao Iraque. As declarações ocorrem num momento em que Israel cercou e destruiu o quartel-general do líder palestino Yasser Arafat, em resposta a dois ataques suicidas palestinos na semana passada.
A Síria afirma que Washington não pode pedir apoio para uma campanha contra Bagdá enquanto ignora o conflito árabe-israelense, que já dura décadas.
– Israel tem de ser prioridade, já que viola e rejeita a implementação de várias resoluções. O país deve ser responsabilizado pelo Conselho de Segurança – disse Omran, em seu escritório em Damasco.
Ele se referia a resoluções da ONU que determinam que Israel deve deixar territórios ocupados na guerra de 1967, incluindo a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e as colinas de Golã, que pertenciam à Síria. Omran disse que a tentativa do primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, de esmagar o levante palestino está inflamando sentimentos antiamericanos na região e que os interesses dos Estados Unidos seriam prejudicados se Israel não for contido.
– O que Sharon tem feito não é só uma tentativa de destruir o povo palestino, mas também está destruindo os interesses norte-americanos no Oriente Médio.
A tensão está elevada entre Damasco e Washington, onde o Congresso debate uma lei que prevê sanções à Síria por seu apoio a grupos radicais palestinos e aos guerrilheiros libaneses do Hizbollah. A Síria teme que um ataque ao Iraque seja o primeiro passo rumo à instalação de uma série de governos subordinados a Washington e a seus aliados de Israel no Oriente Médio.
– Espero que ainda haja uma opção (pela paz). Espero que a sabedoria prevaleça no final – disse Omran. – Àqueles que falam sobre guerra, recomendo que assistam de novo os filmes sobre o Vietnã e a Segunda Guerra Mundial, para lembrar que a guerra que planejam pode levar a um banho de sangue.
As informações são da agência Reuters.
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