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O dossiê britânico sobre o presidente do Iraque Saddam Hussein, irá deixar claro o perigo que o iraquiano representa para o mundo, mas não tentará ligar o líder à rede militante Al-Qaeda, disse no sábado, dia 21, um oficial britânico. O dossiê de evidências contra o Iraque seria baseado em fontes militares para traçar a ameaça das supostas tentativas de Saddam de conservar programas de armas químicas, biológicas e nucleares, desafiando a Organização das Nações Unidas (ONU), disse o oficial.
O primeiro-ministro Tony Blair espera poder usar o tão esperado documento –prometido há seis meses – para derrotar aqueles que se opõem à ação militar contra o Iraque dentro de seu partido governista Trabalhista, em uma sessão de emergência do Parlamento na terça-feira. A decisão de Blair de divulgar o dossiê tem sido vista como uma tentativa para conseguir apoio para os possíveis ataques militares liderados pelos Estados Unidos contra o Iraque.
A tarefa ficou mais complicada com a oferta do Iraque na segunda-feira de readmitir, depois de quatro anos de ausência, os inspetores da ONU encarregados de eliminar armas de destruição em massa. Muitos países –incluindo a Rússia, membro do Conselho de Segurança da ONU – elogiaram a decisão iraquiana, mas o presidente norte-americano, George W. Bush, disse que as Nações Unidas "não devem ser enganadas'' pelo Iraque e o Pentágono continua seus planos de contingência para uma possível guerra.
Sem um apoio explícito da ONU para a ação militar, Blair enfrentará forte oposição interna se escolher seguir Bush na guerra. Blair se negou a dizer se o dossiê contém novas evidências, o que levou analistas a indagar se o documento será suficiente para convencer os indecisos. O dossiê deve ser divulgado três horas antes de Blair abrir os debates, em vários sites do governo.
Apesar dos repetidos artigos na imprensa ligando Saddam à rede Al-Qaeda de Osama bin Laden, o dossiê irá focar armas químicas, nucleares e biológicas, além de mísseis de longo alcance – todos banidos segundo resoluções da ONU depois da Guerra do Golfo, em 1991. As informações são da agência Reuters.
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