| 02/10/2002 08h20min
O vice-primeiro-ministro iraquiano, Tareq Aziz (foto), afirmou na quarta-feira, dia 2, ser inaceitável uma nova e dura resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) proposta pelos Estados Unidos para regulamentar a retomada das inspeções de armas no Iraque.
– Essa proposta dos EUA é inaceitável, não apenas da parte do Iraque, mas da parte do Conselho de Segurança (da ONU) porque não há a necessidade de uma nova resolução – disse o vice-premiê em uma entrevista coletiva concedida na capital da Turquia, Ancara. – As resoluções atuais do Conselho de Segurança a respeito das inspeções são válidas e são suficientes para um desempenho perfeito dos inspetores.
Os EUA e a Grã-Bretanha tentam ver aprovada uma nova e dura resolução no Conselho de Segurança exigindo que o Iraque abra seu território por completo às inspeções se não quiser sofrer uma ação militar. Aziz também declarou que seu país enfrentaria com determinação um eventual ataque dos EUA, mas que não tinha planos de retaliação a vizinhos, entre os quais a Turquia. Segundo o vice-premiê, o governo norte-americano usava as acusações de que o Iraque possuía armas de destruição em massa como um "pretexto''.
– Se a preocupação deles fosse verdadeira, eles deveriam ter ficado satisfeitos com o fato de o Iraque e o senhor Blix (Hans Blix, chefe das inspetores de armas da ONU) terem chegado a um acordo sobre a retomada das inspeções.
Os Estados Unidos rejeitam a retomada das inspeções antes de uma nova resolução do Conselho de Segurança ser aprovada. A respeito da delicada questão das inspeções das ''instalações presidenciais'', Aziz declarou que um acordo firmado com o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, em 1998, ainda estava em vigor. O acordo previa que um "grupo especial'' com especialistas de armas da ONU e diplomatas realizaria as operações nesses locais. As informações são da agência Reuters.
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