| 04/10/2002 11h03min
A Alemanha disse na sexta-feira, dia 4, que continua discordando dos Estados Unidos a respeito de como lidar com a questão do Iraque e avisou que haveria consequências políticas e econômicas no caso de um ataque contra Bagdá. O ministro de Defesa alemão, Peter Struck, disse esperar uma reunião com o secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, dentro de dois meses.
A postura antibelicista do governo alemão abalou recentemente as relações do país europeu com a superpotência. Struck disse que as prioridades da comunidade internacional deveriam ser ter os inspetores de armas de volta ao Iraque para evitar uma guerra na região.
– Eu acredito que a guerra teria grandes consequências políticas, repercussões econômicas mundiais e custaria muitas vidas' –declarou a autoridade alemã ao chegar à ilha grega de Creta, onde participará de uma cúpula de ministros de Defesa dos países-membros da União Européia (UE).
O presidente da França, Jacques Chirac, e o chanceler da Alemanha, Gerhard Schroeder, uniram-se nesta semana para se opor a um projeto de resolução dos EUA. Se aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU), a resolução daria poderes aos norte-americanos para lançarem uma ação militar contra o Iraque se considerarem que o país árabe esteja obstruindo o trabalho dos inspetores de armas.
– Ainda há, como antes, opiniões diferentes entre meu país e os EUA – declarou Struck. – Compartilhamos da opinião de que o próximo passo deveria ser o ingresso dos inspetores no Iraque para verificaram a capacidade de Saddam Hussein (presidente do país árabe) de construir armas de destruição em massa. Mas nossos pontos de vista divergem a respeito da ação militar.
Na semana passada, Rumsfeld negou-se a realizar uma reunião bilateral com Struck em meio a uma cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). No entanto, houve sinais nesta semana, depois das eleições alemãs, de que o nível de tensão entre os dois países estava baixando. O presidente norte-americano, George W. Bush, parabenizou a Alemanha pelos 12 anos da reunificação. As informações são da agência Reuters.
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