Um grupo de 120 intelectuais e cientistas alemães, tendo à frente o filósofo Jürgen Habermas e o escritor Günter Grass, lançou na sexta-feira, 4 de outubro, uma campanha internacional contra o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e sua intenção de atacar o Iraque. O objetivo da campanha, chamada de Ação pela Democracia, é atrair adeptos no mundo inteiro.

– Nós não somos de forma alguma antiamericanos ou a favor do terrorismo, mas sabemos que esse problema não será resolvido com uma guerra – afirmou Grass, Prêmio Nobel de Literatura de 1999.

Há um ano, quando começou o combate ao terrorismo no Afeganistão, o escritor advertiu para o erro dramático de se tentar resolver o problema com bombardeios. Um ano depois, os intelectuais não querem mais permanecer na postura passiva de observadores da crise, pois receiam que, apesar de todo o empenho da Organização das Nações Unidas (ONU) em mandar inspetores de armas de volta ao Iraque, a questão seja no final resolvida com uma nova guerra.

O chanceler alemão, Gerhard Schroeder, eleito para um segundo mandato em 22 de setembro, foi um dos primeiros líderes ocidentais e anunciar publicamente sua oposição a um possível ataque dos Estados Unidos ao Iraque. O governo de George W. Bush acusa Saddam Hussein de armazenar armas de destruição em massa.