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O ataque de soldados israelenses em busca de supostos militantes do na Faixa de Gaza com tanques e helicópteros na madrugada desta segunda-feira, dia 7, resultou em 14 palestinos mortos, a maioria quando um míssil foi lançado contra uma multidão. A mais mortal operação israelense contra os palestinos em três meses gerou críticas internacionais, levantou questões sobre o real comprometimento do Exército na prevenção de mortes entre civis e ameaça solapar os mais recentes esforços para encerrar os mais de dois anos de conflito no Oriente Médio.
O fogo israelense durou cerca de quatro horas e, no total, houve quase 100 pessoas feridas. Mais de 20 tanques israelenses invadiram bairros em Khan Younis, um campo de refugiados no sul da Faixa de Gaza pouco depois da meia-noite de domingo. Dois civis palestinos foram mortos por disparos israelenses durante uma troca de tiros com atiradores do Hamas. Os palestinos dizem que as vítimas eram civis. Israel sustenta que eles estavam armados.
Do
total de 14 vítimas, 10 morreram atingidas por um míssil disparado por um helicóptero contra uma multidão reunida perto de uma mesquita, entre eles uma criança de 12 anos. Os soldados detonaram ainda morteiros e bombas caseiras dos palestinos durante a operação, e um homem foi preso.
Testemunhas disseram que um hospital que recebia vítimas foi atingido por disparos e duas pessoas dentro do prédio ficaram feridas. Integrantes do Exército de Israel garantem que o hospital foi atingido depois de soldados terem respondido a disparos de morteiro vindos de uma área próxima de um assentamento judaico.
O negociador-chefe palestino, Saeb Erekat, descreveu os ataques como um "crime de guerra". Erekat disse que a investida israelense foi feita para atrapalhar a visita de Javier Solana, o chefe da política externa da União Européia, à região. O próprio Solana condenou o ataque israelense e expressou surpresa com o número de vítimas. O Departamento de Estado dos EUA se disse "profundamente incomodado" com o ataque. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia também criticou a intensidade do ataque.
Israel rebate as críticas dizendo que o objetivo da incursão era destruir a "infra-estrutura terrorista" do grupo ativista Hamas, uma das principais forças por trás do levante palestino contra a ocupação israelense. Segundo os israelenses, a operação na Faixa de Gaza começou depois de ativistas palestinos terem disparado um foguete contra um assentamento judaico nas proximidades de Khan Younis. O suposto ataque palestino não teria deixado vítimas. O vice-ministro da Defesa de Israel, Weizman Shiri, disse lamentar a perda de vidas civis.
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