| 08/10/2002 09h39min
Com a derrota de Paulinho Bornhausen (PFL – foto) ao Senado e do ex-governador Antônio Carlos Konder Reis (PFL) à Assembléia Legislativa, o clã Konder-Bornhausen vive um dos piores momentos de sua história na política catarinense. Somados, os mandatos exercidos com este sobrenome chegariam a cerca de 50 anos.
A tradição da família na política começou com Adolfo Konder, eleito governador em 1926. Neste e em outros cargos, sucederam-se Irineu Bornhausen (cunhado do primeiro), Antônio Carlos Konder Reis (sobrinho) e o atual senador e presidente nacional do PFL, Jorge Konder Bornhausen (sobrinho de Adolfo e filho de Irineu). No Legislativo, atuou o irmão de Jorge, Paulo Konder Bornhausen, e o filho Paulinho, com um mandato na Câmara dos Deputados e o atual na Assembléia.
O desempenho eleitoral de Paulinho e Antônio Carlos Konder Reis coincidiu com uma seqüência de frustrações eleitorais protagonizadas neste ano pelo senador Bornhausen. Primeiro foi a derrocada da candidatura Roseana Sarney, depois a de Ciro Gomes.
Ele lamentou a perda que a Assembléia teve com a não-eleição de uma das belas figuras da vida pública catarinense e, quanto a seu filho, disse que não costuma interferir.
– Ele volta a disputar: tem condições de tratar de sua vida política. Não pedi para que fosse candidato e não interfiro –, afirmou.
O senador, contudo, não faz drama.
– Política se faz com propostas e a disposição de vencer ou perder. Eleição é perder ou ganhar. Se ganhar permanece, se perder é oposição –, disse na segunda, 7 de outubro, no penúltimo dia de descanso na Praia Brava em Florianópolis.
Na segunda, o senador conversou com o candidato à reeleição Esperidião Amin (PPB) e nesta terça, dia 8, reúne-se com lideranças e executiva do PFL para ratificar o apoio à coligação Santa Catarina Melhor.
Na quarta, dia 9, preside reunião da executiva nacional para que o PFL defina sua posição no segundo turno das eleições. No primeiro turno, o PFL liberou o apoio entre José Serra (PSDB) e Ciro Gomes (PPS). Agora, Antônio Carlos Magalhães já declarou apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Jorge Bornhausen, ao contrário, está alarmado com a possibilidade de Lula eleger-se.
– Cada um que se prepare, porque o avião vai trepidar. Um homem com tamanha inexperiência por si só já traz intranqüilidade, daí a deixá-lo dirigir um país continental no meio de uma crise é naufrágio quase certo.
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ADRIANA BALDISSARELLI / DIÁRIO CATARINENSEGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.