| 19/10/2002 16h32min
Cerca de oito militantes palestinos foram presos por soldados israelenses na Cisjordânia neste sábado, dia 19. Quatro soldados ficaram feridos ao explodirem a porta da casa de um dos suspeitos. As ações fazem parte de uma ofensiva contra o levante palestino, apesar de pedidos de calma por parte do governo norte-americano.
Os palestinos detidos pertencem à facção Fatah, do presidente Yasser Arafat, e ao grupo militante islâmico Hamas. As prisões ocorrem ao mesmo tempo em que Israel diminuiu o cerco a várias cidades da Cisjordânia, um dia após o retorno do primeiro-ministro israelense Ariel Sharon, que estava em Washington, e antes da chegada do representante norte-americano William Burns ao Oriente Médio, para apresentar um plano de paz.
– Os Estados Unidos estão comprometidos a fazer todo o possível em relação ao problema palestino e ao conflito árabe-israelense – disse Burns a repórteres no Cairo.
O exército israelense suspendeu indefinidamente o toque de recolher em Jenin, mas fechou o cerco ao redor da cidade. Fontes militares disseram que o número de soldados em Hebron também seria reduzido antes de uma possível retirada.
– Do ponto de vista estratégico, é do nosso interesse mostrar aos habitantes que poderemos nos retirar assim que o terrorismo acabar – disse o vice-ministro da Defesa, Weizman Shiri.
Israel está também fechando o cerco aos colonos judeus, com o início da demolição de postos fronteiriços. Os palestinos pediram o fim da expansão dos assentamentos judeus, que a comunidade internacional considera ilegais.
Burns irá visitar Israel e os territórios palestinos na próxima semana, em uma tentativa de acabar com a violência que já matou 1.623 palestinos e 604 israelenses em dois anos de levante palestino. Na pauta apresentada estará um plano de paz delineado pelo presidente norte-americano George W. Bush em junho, que pede reformas palestinas seguidas 18 meses depois pelo estabelecimento de um estado Palestino provisório.
Saeb Erekat, ministro do gabinete palestino, disse que o representante norte-americano deveria garantir a implementação do plano de paz através da presença de monitores internacionais nos territórios, uma idéia rejeitada por Israel.
– Exigimos a presença imediata de monitores internacionais para testemunhar os crimes e revogar as medidas israelenses – disse Erekat.
As informações são da Reuters.
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