| 22/10/2002 15h16min
O presidente argentino, Eduardo Duhalde, pedirá nesta terça, dia 22, ao Congresso que aceite antecipadamente sua renúncia a partir do dia 25 de maio e sancione uma lei que estabeleça o dia 30 de março para a realização de eleições gerais no país.
Duhalde, que na segunda ameaçou renunciar antes do dia 25 de maio caso o Congresso não aceitasse a sua demissão e não ratificasse as eleições em março, garantiu que pretende dar a certeza aos argentinos de que poderão eleger seu novo presidente. Todo o cronograma eleitoral planejado pelo governo está na corda bamba devido a decisões da justiça que, segundo o próprio Duhalde admitiu, podem atrasar a realização das campanhas para as eleições gerais.
O presidente, que assumiu o cargo em janeiro, apontado pelo Congresso depois de uma revolta popular que havia derrubado dois presidentes, quer que o Congresso garanta a sucessão bloqueando as exigências judiciais, segundo as quais Duhalde não tem poderes para convocar as eleições, por ser um presidente interino.
As opções entre os pré-candidatos argentino ainda não seduziram o eleitorado. Nenhum deles tem mais de 15 por cento das intenções de voto, segundo as pesquisas. O pré-candidatos do Partido Peronista, o ex-presidente Carlos Menem (1989-1999) aparece em segundo lugar, atrás de Adolfo Rodríguez Saá, um ex-governador de província com idéias populistas e que ainda não decidiu se concorrerá pelo Partido Peronista ou por um partido próprio. A briga entre os líderes peronistas provoca incerteza em relação ao resultado das primárias do partido, previstas inicialmente para o dia 15 de dezembro.
Os partidários de Menem acusam Duhalde de querer adiar a realização das eleições primárias para ter tempo de encontrar um candidato dentro do partido que possa derrotar o ex-presidente. Mas Duhalde garante que sua intenção é apenas reunir as figuras máximas do peronismo para eleger uma nova Junta Eleitoral, órgão responsável por controlar a transparência nos comícios primários e atualmente formado por homens de confiança de Menem.
Com informações da agência Reuters.
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