O presidente da Argentina, Eduardo Duhalde, disse nesta segunda, dia 21, ser vital que o Partido Peronista deixe de lado as disputas internas para garantir que as eleições ocorram conforme o planejado.

Autoridades disseram que Duhalde se reuniu no final de semana com o seu arqui-rival, o ex-presidente Carlos Menem, em uma tentativa de suavizar as diferenças e montar uma estratégia para manter as eleições primárias para presidente na data prevista, 15 de dezembro.

– Os candidatos precisam com urgência concordar esta semana em garantir que todos os candidatos peronistas participem das primárias sem quaisquer problemas ou dificuldades – disse Duhalde a repórteres.

Ele disse que as eleições primárias do Partido Peronista poderiam ser adiadas por "duas semanas'' no máximo, se necessário, sem atrapalhar o cronograma para as eleições presidenciais, previstas para o dia 30 de março. Duhalde não concorrerá à Presidência.

Duhalde quer a nomeação de um novo comitê eleitoral para controlar as eleições primárias do Partido Peronista e garantir um cronograma, depois que uma decisão judicial prejudicou seus planos de forçar todos os partidos a realizar as eleições primárias em meados de dezembro.

Nomeado o quinto presidente em duas semanas depois da derrubada do governo eleito por protestos e tumultos no final de 2001, Duhalde pediu aos legisladores na semana passada que aprovem a data de 30 de março para as eleições. O governo teme que problemas legais adiem as eleições, consideradas fundamentais para ajudar na estabilização da Argentina, que sofre com uma recessão que já dura quatro anos.

A garantia do cronograma eleitoral também pode ajudar nas negociações do país com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Ele disse esperar assinar um acordo com o FMI "nos primeiros dias de novembro'' para ajudar a Argentina a ganhar tempo para resolver a crise econômica.

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