| 25/10/2002 08h
Os rebeldes chechenos libertaram oito crianças na sexta-feira, dia 25, mas continuam mantendo cerca de 700 pessoas como reféns em uma teatro de Moscou repleto de explosivos. As crianças, com idades entre 6 e 12 anos, foram levadas a um lugar seguro por membros do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e, de acordo com autoridades da organização, passam bem.
Em torno de 40 guerrilheiros fortemente armados tomaram o teatro no sudeste de Moscou na quarta-feira, dia 23, exigindo que a Rússia retire suas tropas da Chechênia. Os rebeldes ameaçaram explodir o teatro se forças de segurança tentarem invadi-lo. Diplomatas esperam que os rebeldes honrem uma promessa de libertar ainda nesta sexta-feira cerca de 75 estrangeiros que estão entre os reféns, incluindo cidadãos australianos, austríacos, britânicos, americanos e alemães.
As condições dentro do teatro se deterioram com o passar das horas. Os reféns usam o poço da orquestra como banheiro e suprimentos de água e comida estão acabando. Duas mulheres conseguiram escapar do impasse no teatro, marcado por negociações esporádicas entre autoridades russas e os chechenos. Uma delas foi ferida pelos chechenos durante a fuga, segundo agências de notícia. Outra mulher que tentou fugir foi morta pelos guerrilheiros.
Os rebeldes, autodenominados de "smertniki'' (esquadrão suicida), fizeram ameaças em um website checheno e por intermédio dos reféns. A TV Al Jazeera, com base no Qatar, mostrou uma gravação do que seria um dos rebeldes dizendo:
– Cada um de nós está pronto para o sacrifício a Deus e à independência da Chechênia. Queremos a morte mais que vocês querem a vida.
A Rússia luta desde 1994 para acabar com uma revolta separatista na Chechênia, que mata diariamente soldados e civis. O ataque ao teatro é o mais audacioso desde 1996. As informações são da agência Reuters.
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