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O grupo de rebeldes chechenos que mantém centenas de reféns na Casa de Cultura de Moscou decidiu ampliar o prazo para o início da matança que promete fazer, caso suas reivindicações não sejam atendidas. Cerca de 700 pessoas estão em poder dos rebeldes desde as 22h de quarta (15h, no horário de Brasília). Depois de quase três dias de tensão, os seqüestradores comunicaram que as mortes começarão na manhã deste sábado, 26, madrugada em Brasília.
Nesta sexta, foram libertado mais quatro reféns, todos cidadãos do Azerbaidjão. O grupo já havia libertado outras 15 pessoas, incluindo oito crianças, pela manhã. O grupo também ameaça de explodir o prédio.
Desde o início do drama, durante um musical na noite de quarta-feira, 58 pessoas já foram libertadas. As condições dentro do teatro pioravam a cada hora que passava. Uma mulher mantida refém disse que os nervos dos reféns estavam à flor da pele.
Segundo a jornalista AnnaPolitkovskaya, que está atuando como negociadora, os rebeldes afirmam constantemente que, se não receberem um plano concreto da retirada das tropas russas da Chechênia, tomariam sérias medidas às 6h, 7h ou 8h (23h, 0h ou 1h em Brasília).
Na noite desta sexta, o presidente russo Vladimir Putin fez um pronunciamento na televisão para dizer que estava aberto a negociações com os chechenos, desde que seja sob suas regras.
Foi a atitude linha-dura de Putin em relação à Chechênia que o colocou no cargo há mais de dois anos. Por isso a posição dele é complicada no caso, acreditam especialistas. Moscou rejeita qualquer possibilidade de independência da Chechênia. A Rússia prometeu não matar os guerrilheiros se eles libertarem todos os reféns.
As condições dentro do teatro estavam se deteriorando. Os reféns estavam usando o fosso da orquestra como banheiro, e os suprimentos de comida e remédios estavam no fim. A porta-voz do teatro, Yelena Malyonkina, informou que há uma grande bomba no centro da sala e que o palco e as passagens estão minados. Segundo Yelena, 15 guerrilheiros estão cobertos de explosivos e fazem a guarda da sala.
O vice-ministro do Interior, Vladimir Vasilyev, disse que os guerrilheiros haviam permitido a entrada de médicos para levar comida e água aos reféns, que estavam sobrevivendo principalmente de barras de chocolates tiradas dos bares do teatro. Os rebeldes, que dizem estar preparados para morrer, mataram uma mulher que tentou escapar no início da ação.
As informações são da Agência Reuters.
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