Rebeldes chechenos que mantêm centenas de reféns no teatro Dubrovka, em Moscou, desde as 22h local de quarta (15h, no horário de Brasília) mataram mais duas pessoas no sábado de manhã (horário local), segundo autoridades russas. O oficial das forças de emergência que monitoram o drama no local Pavel Kudryavtsev afirmou que as duas mortes ocorreram nas últimas duas horas e que outras pessoas foram feridas.  Na última quinta, o corpo de uma mulher foi retirado do local.

Kudryavtsev disse que explosões e tiros ouvidos horas antes também foram provocados pelos rebeldes. Rajadas de tiros e pelo menos três explosões foram ouvidas no sábado de manhã (horário local) do lado de fora do teatro. Sirenes foram acionadas imediatamente, e um esquadrão de cerca de 30 homens do Ministério do Interior e viaturas se aproximavam do edifício.

O clima de tensão aumenta à medida em que se aproxima o novo prazo estabelecido pelos guerrilheiros para começar a matar os reféns. O prazo venceria justamente na manhã de sábado, a partir das 6h (23h em Brasília). A partir deste horário eles tomariam medidas sérias, segundo disse Anna Politkovskaya, uma jornalista que está atuando como negociadora e também está entre os reféns. Os seqüestradores exigem a retirada das tropas russas da província separatista da Chechênia.

Um dos rebeldes disse na sexta-feira que o grupo não tem intenção de libertar mais nenhuma pessoa. O guerrilheiro, falando por telefone de dentro do teatro, afirmou que o resultado da operação depende inteiramente da retirada das forças russas da Chechênia. As informações são da Agência Reuters.