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Autoridades russas confirmaram neste domingo, dia 27, que apenas um dos reféns mantidos por rebeldes chechenos durante 58 horas no teatro Dubrovka, em Moscou, morreu em decorrência de ferimento causado por arma de fogo. Outros 117 foram envenenados por um gás sonífero lançado pelas forças de segurança russas contra os rebeldes durante a operação de resgate, na madrugada de sábado.
Os guerrilheiros invadiram o teatro, fazendo mais de 800 reféns, na quarta-feira à noite. Eles ameaçaram matar todos os cativos caso o governo russo não fechasse um acordo para a retirada das tropas russas da província separatista da Chechênia.
O governo russo enviou representantes para conversar com os rebeldes, mas não deu certo. A decisão de invadir o teatro foi tomada depois de as autoridades receberem indicações de que dois reféns haviam sido executados, como os rebeldes haviam prometido.
Para neutralizar o grupo guerrilheiro, que incluía mulheres camicases, dispostas a detonar bombas amarradas em volta de suas cinturas, as forças especiais russas decidiram utilizar um gás paralisante. O produto químico, que até este domingo não tinha sido identificado, era tão poderoso que os rebeldes chechenos não tiveram tempo de detonar os explosivos que tinham pelo teatro. Mas, comprovou-se que seu uso não foi uma boa idéia. No total, 168 pessoas morreram na operação, entre eles 118 reféns e 50 guerrilheiros – 32 homens e 18 mulheres.
Até a noite, 646 pessoas permaneciam hospitalizadas, dezenas delas em estado grave, não podendo-se descartar que o número de vítimas aumente nos próximos dias.
O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu dar ajuda financeira aos familiares das vítimas, mas não deu nenhuma explicação concreta do motivo que levou a polícia usar um gás letal durante a operação.
A polícia não divulgou até este domingo a lista com o nome dos mortos no teatro.
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