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Emocionado, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu perdão aos familiares dos reféns mortos durante a operação das forças especiais para a retomada do teatro de Moscou, dominado desde quarta-feira, dia 23, por rebeldes chechenos. As tropas invadiram o teatro na manhã deste sábado (meia-noite pelo horário de Brasília), mataram a maioria dos rebeldes e libertaram centenas de reféns. O número de vítimas já ultrapassa 140, na maiora reféns que estavam dentro do local na hora da ocupação.
– Não conseguimos salvar todos. Perdoem-nos – disse Putin em um pronunciamento à nação transmitido em cadeia de TV neste sábado, dia 26.
Putin culpou o terrorismo internacional - "um inimigo forte e perigoso, desumano e cruel" - pela ação dos chechenos.
– Em nenhum lugar do mundo as pessoas podem se sentir seguras até que isso (o terrorismo) seja vencido. Mas tem que ser vencido. E vamos vencê-lo – disse Putin.
Na noite de quarta-feira, cerca de 50 homens e mulheres armados, que diziam ser "kamikazes" da 29ª divisão do Exército checheno, tomaram de assalto o teatro, quando mais de 750 pessoas, segundo o governo, assistiam a um musical popular. Toda a platéia foi feita refém. As crianças foram liberadas pouco depois. Os seqüestradores – alguns com explosivos atados aos corpos – minaram o local e ameaçavam detonar os explosivos se as tropas russas tentassem invadir o prédio.
Na sexta, eles deram um ultimato ao Kremlim, exigindo que o governo anunciasse o fim da intervenção militar na Chechênia até às 6h deste sábado (23h de sexta-feira em Brasília), caso contrário começariam a matar dez reféns a cada hora. As tropas decidiram invadir o local depois que autoridades anunciaram que o grupo havia começado a cumprir a ameaça de matar as pessoas.
Entre os rebeldes que morreram, 18 eram mulheres e três delas seriam viúvas de líderes da guerrilha que luta pela independência da Chechênia. O porta-voz da forças de segurança russas, Pavel Kudryavtsev, disse que o chefe dos seqüestradores, Movsar Barayev, foi morto na operação.
A razão de tantas mortes ainda não está clara. Relatos dão conta de que houve tiroteio e explosões. As tropas russas usaram um gás durante a ação, mas o governo não disse qual foi a substância. Cerca de 40 ex-reféns estão sendo atendidos no maior hospital de emergência de Moscou, com sintomas de envenenamento pelo gás. Com informações da Globo News.
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