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Benjamin Netanyahu deve recusar o convite para ser ministro das Relações Exteriores de Israel, o que abalaria os esforços do premiê Ariel Sharon de consolidar uma coalizão de governo de direita. Sharon ofereceu o cargo a ele nesta sexta, dia 1º de novembro. Os dois devem voltar a se encontrar no domingo, após o shabat judaico.
A crise no governo foi detonada por uma disputa em torno do repasse de verbas aos assentamentos judaicos nos territórios palestinos ocupados, o que levou à renúncia do chanceler Shimon Peres e de outros ministros do Partido Trabalhista, ex-aliado do Likud na coalizão governista.
Netanyahu, de 53 anos, teve papel importante na defesa no Exterior da forma como Israel vem lidando com o levante palestino e seria um chanceler popular. Ele prefere, porém, tomar o lugar de Sharon como chefe de governo a ficar subordinado. Apesar disso, rejeitar o cargo de chanceler poderia dividir um partido já abalado pela saída dos trabalhistas e se esforçando para continuar no poder. Sharon, de 74 anos, enfrenta a maior crise política desde que assumiu o poder em 2001. Ele deve se encontrar com partidos ultranacionalistas neste domingo, em uma tentativa de ampliar a base governamental – sem apoio do Partido Trabalhista, ele perdeu a maioria parlamentar.
Essas conversas poderiam resultar em um governo ainda mais de direita que antes, o que poderia aumentar a tensão com os palestinos e colidir contra os esforços dos Estados Unidos para reduzir a violência no Oriente Médio para que consiga obter apoio a uma ofensiva contra o Iraque.
Netanyahu liderou uma votação da cúpula do Likud este ano contra a idéia de que seja criado um Estado palestino independente. Além disso, defendeu repetidas vezes a deposição do presidente palestino, Yasser Arafat.
Conhecido popularmente como Bibi, Netanyahu disse que desafiará Sharon nas primárias do Likud, com data ainda indefinida. Comentaristas políticos acreditam que Sharon, que lidera as pesquisas de opinião, terá de convocar eleições antecipadas se não conseguir costurar uma coalizão estável. Ele conta hoje com o voto de 55 dos 120 parlamentares. A próxima eleição, por enquanto, está prevista para outubro de 2003.
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