Aguardando um aceno do governador eleito Germano Rigotto (PMDB) para discutir sua participação no Executivo, o PDT estadual está dividido. O partido oscila entre o apoio irrestrito à nova administração, a condição de oposição ou a composição com o governo desde que haja a inclusão de bandeiras do trabalhismo no programa de Rigotto.

A postura a ser adotada e a reestruturação do partido no Estado foram discutidas nessa segunda, dia 4, pela executiva regional e o conselho político do PDT. Divergindo sobre o tipo de participação no governo, os pedetistas enfatizam que só tomarão posição depois de serem chamados por Rigotto para tratar do assunto.

 – Esse é um tema que só será tratado se o PDT for convidado – garantiu o presidente estadual da sigla, deputado estadual Vieira da Cunha.

A maioria da bancada do partido na Assembléia Legislativa adota o mesmo discurso, mas já acena com algumas imposições. O deputado estadual João Luiz Vargas, por exemplo, é categórico ao afirmar que espera que Rigotto adote em seu governo bandeiras históricas do trabalhismo, como a reativação de centros de ensino integral. O vereador José Fortunati acredita que a participação do partido no governo deva estar condicionada à discussão de propostas do PDT.

O deputado federal Pompeo de Mattos é o único a afirmar que o partido não deve participar do governo Rigotto. Ele acredita que o lugar do PDT é o de “oposição propositiva”, sem se render a cargos.

– O PDT está afundando e precisa se mobilizar para não naufragar. Não tivemos candidato, portanto não podemos entrar na carona do Rigotto – afirma.

Já o deputado federal Alceu Collares acha que a participação no governo dependerá das circunstâncias e da negociação de cargos no governo Rigotto.

– Cerca de 95% do PDT esteve com ele, mas cabe a nós analisarmos qual o papel que nos será oferecido neste governo – garante o ex-governador.

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FERNANDA CRANCIO