| 11/11/2002 23h
O parlamento do Iraque deve decidir nesta terça, dia 12, o chamado ao desarmamento do país, determinado na semana passada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Ignorando as ameaças de uma guerra, líderes iraquianos condenaram nesta segunda a resolução.
A decisão do parlamento de não aceitar a proposta, caso confirmada em votação nesta terça, abre caminho para o ditador Saddam Hussein rejeitar a resolução – o que deflagraria um ataque americano. Em discursos inflamados, os parlamentares alegaram que a determinação da ONU é "repleta de mentiras e más intenções".
– Não concordamos com a resolução da ONU em resposta à opinião de nosso povo, que confia em nós – disse o chefe da Comissão de Relações Exteriores, Salim al-Koubaisi.
– O que está sendo proposto é a rejeição da resolução da ONU como uma expressão do sentimento do povo iraquiano – disse porta-voz do Parlamento, Saadoun Hammadi.
A dura retórica, no entanto, não significa necessariamente que o parlamento irá rejeitar a proposta. Depois dos discursos de abertura, os parlamentares entraram em sessões fechadas para novas discussões. A decisão final só será tomada após a votação desta terça. Uma vez aprovada a rejeição, caberá ao Conselho do Comando Revolucionário – a principal esfera de poder do país – dar a palavra final sobre a resolução.
O Iraque tem um prazo até sexta-feira para concordar com o texto do Conselho de Segurança da ONU, que determina que o país permita o acesso dos inspetores no país, com acesso ilimitado a todo e qualquer local suspeito de produzir ou e armazenar armas químicas, biológicas ou nucleares. Caso contrário, o país deve arcar com "sérias conseqüências".
Hammadi no Parlamento: rejeição da resolução da ONU como uma expressão do sentimento iraquiano
Foto:
FALEH KHEIBER
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Reuters
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