| 09/07/2007 12h37min
O presidente do Grêmio, Paulo Odone, trabalha em busca de uma solução para a crise política do clube. Um das idéias do dirigente para amenizar a rejeição da oposição em relação a Antônio Britto seria a constituição de um "chapão" para a eleição que irá renovar metade do Conselho, em setembro. Em troca de um recuo nas manifestações contra o ex-governador, conselheiros oposicionistas cujos mandatos expiram este ano integrariam a chapa apoiada pela direção, o que lhes asseguraria a permanência no Conselho.
Outra possibilidade estudada por Odone é permanecer no cargo e confirmar a ida do ex-vice de planejamento Eduardo Antonini para a Grêmio Empreendimentos. Nesse caso, Britto seria liberado do compromisso. O presidente do Tricolor, que retorna hoje da Argentina, admitiu até mesmo deixar o clube.
Já Britto só irá anunciar sua decisão após falar com Odone e com os ex-presidentes Fábio Koff e Luiz Carlos Silveira Martins, que respaldam sua indicação. A amigos, tem dito que pretende ter paz em sua vida para se dedicar à família, longe de "brigalhadas ou baixarias políticas." Suas declarações têm sido interpretadas como uma recusa ao convite. Mas ele não antecipa sua decisão.
– Só aceitaria se fosse para ajudar a construir o Grêmio do futuro e não para acertar as contas do Grêmio do passado – disse Britto, numa das únicas manifestações públicas sobre o episódio.
O ex-presidente Fábio Koff diz não entender a rejeição ao nome de Britto, que cumpriria um mandato-tampão. Ele admite ter perdido seu entusiasmo pela indicação a partir das manifestações contrárias. Garante que tratou-se apenas de uma consulta ao ex-governador, não a sua indicação para o cargo.
– Algumas pessoas se apegam a questões menores e não entendem que o clube precisa modernizar sua gestão. O que está em jogo é uma obra de R$ 500 milhões (a futura arena do clube) – afirmou.
Contrário à indicação de Britto para a presidência, o conselheiro André Krieger sugere que este assuma a Grêmio Empreendimentos, com a permanência de Odone no cargo. Outra hipótese, diz, seria indicar para a presidência o ex-diretor de futebol Renato Moreira.
Krieger lamentaria uma eventual renúncia de Odone à presidência. Mas não vê nisso o fim do clube.
– A vontade pessoal de cada um precisa ser respeitada, mas o Grêmio vai prosseguir – destacou.
LUÍS HENRIQUE BENFICA/ZHGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.