| 19/11/2002 11h35min
Os inspetores de armas da Organização das Nações Unidas (ONU) começaram a trabalhar no Iraque nesta terça, dia 19, reunindo-se com autoridades iraquianas e reabrindo seus antigos escritórios, passos que antecipam as visitas a centenas de eventuais armazéns e laboratórios de armas de destruição em massa. Mas, um dia depois de o chefe dos inspetores, Hans Blix, e de sua equipe de 30 especialistas terem chegado a Bagdá, meios de comunicação do país, dirigidos pelo governo, mostraram-se pessimistas em relação à missão.
– O problema não se relaciona com a chegada dos inspetores ou o início do trabalho deles no Iraque – afirmou o jornal Al Iraq em um editorial. – O regime americano deseja lançar uma agressão sob o pretexto de que o Iraque possui armas de destruição em massa.
O presidente dos EUA, George W. Bush, preparava-se para deixar Washington na terça para de participar de uma cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em Praga (República Tcheca). Bush, porém, deu sinais de que, na cúpula, não pediria a cooperação da Otan para o caso de uma invasão do território iraquiano. Segundo o dirigente da superpotência, as inspeções, a serem realizadas segundo os termos duros de uma recente resolução aprovada pela ONU, são a última chance do Iraque.
Os EUA ameaçaram invadir o país caso a missão de inspeção tenha dificuldades para trabalhar. A equipe avançada enviada ao Iraque preparará o terreno para a chegada dos primeiros inspetores propriamente ditos, cerca de 10 pessoas que entram no país por volta do dia 25 de novembro. As inspeções começam dois dias depois. A equipe total de inspetores deve somar cerca de cem pessoas. As informações são da agência Reuters.
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